terça-feira, 5 de outubro de 2010

Não desisto.

Boa tarde a todos,

Há tampo tempo... nem lembro direito... mas sempre bom voltar aqui.
Segue uma cançaão da banda Rosa de Saron chamada "Folhas do Chão"

A'sk,

Marcela F B



Folhas do chão

Com meus próprios olhos

Eu tento te enxergar
Regando os meus dias
Sem medo de errar
Fraco e cansado eu busco acertar

O vento me trouxe
Sons de outro lugar
lembranças distantes
Que me fazem te encontrar


Sabe de tudo, não quero esperar
A minha vida, me ajude a cultivar

Há sempre uma escolha
Há sempre um caminho que as folhas do chão vão me indicar
Que saem dos meus sonhos, do simples desejo
Que tive a vida toda de te encontrar


Não sei se o que faço
Vai me fazer mudar
Pois minhas tristezas
Insistem em ficar
Mas busco em seus passos, forças pra voar
E pouso em seus braços sem medo de errar

Há sempre uma escolha
Há sempre um caminho que as folhas do chão vão me indicar
Que saem dos meus sonhos, de um simples desejo
Que tive a vida toda de te encontrar


Há sempre um passado
Que com marcas vai traçar
As coisas que vivo, penso e sou
Se deixo de lado seu amor

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Off the road: Poeira se escondendo pelos cantos

Olá minha gente,

Em uma semana que teve um início sem muitas expectativas, os ventos vão ficando a nosso favor, e as imperfeições vão vindo à tona. Se encontrar com elas é um momento mito com muita intensidade. Nada se compara a você se ver por dentro, achar o seu navio e navegar no seu mar. Continuem navegando...

Uma canção de Lenine pra vocês.

A.sk,

Marcela B


O que é bonito?

O que é bonito

É o que persegue o infinito
Mas eu não sou
Eu não sou, não...
Eu gosto é do inacabado
O imperfeito, o estragado que dançou
O que dançou...
Eu quero mais erosão
Menos granito
Namorar o zero e o não
Escrever tudo o que desprezo
E desprezar tudo o que acredito
Eu não quero a gravação, não
Eu quero o grito
Que a gente vai, a gente vai
E fica a obra
Mas eu persigo o que falta
Não o que sobra
Eu quero tudo
Que dá e passa
Quero tudo que se despe
Se despede e despedaça

O que é bonito...

domingo, 25 de julho de 2010

Je se sais plus.

Oi minha gente,

Semana merda, fim de semana merda, nada deu certo. Não tive sorrisos, nem lágrimas de alegria. Nem o tango me consola hoje. Mas há de melhorar. Ou pelo menos mudar.

A.sk,

Marcela B


              Pablo,

              Chove sem parar. Parece que o céu decidiu ser nove da noite mais cedo e não se cansa de chorar. Até batou um frio hoje. O vento está em todo lugar. E eu aqui, na penumbra, vendo a chuva e as luzes amarelas da praça, enquanto espero minha carona.
              Pensar cansa, esperar cansa, mas se for pra pensar em você, eu prefiro cansar. Não faz muito tempo que te espero, talvez dê pra esperar mais um pouco. Contanto que você vehna, valerá a pena o frio que estou sentindo agora. A última vez que o vi, você estava triste. Aproveite a minha espera pra se livrar disso também.
             Chega um momento em que a chuva parece querer parar...tomara que isso signifique que você está querendo voltar.

Marcela B

terça-feira, 20 de julho de 2010

Off the road: Saber partir

Oi gente,
Eu conheci essa música no FIG, às 3 da madrugada, num frio filho da puta de 9 graus, em baixo de chuva, na grade, com um vento encanado e com minha irmã de carnaval ao meu lado. 
Um pouco de Móveis Coloniais de Acaju pra vocês.
A,sk

Marcela B.


Adeus

Quando eu vivo esse encontro,

Eu digo adeus
Refaço os meus planos
Pra rimar com os seus

Abandono o que é pronto
E digo adeus
Eu trago os meus sonhos
Pra somar aos seus

E toda vez que vier
Felicidade vai trazer
A cada vez que quiser
Basta a gente querer
Ser desta vez a melhor

E toda vez que vier
Felicidade a mais
A cada vez que quiser
Basta a gente dizer
Só uma vez
Uma só voz

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Nada é para sempre

Olá!

Essa carta que segue surgiu as 4 da madrugada, numa boate, com os pés descalço e os ouvidos surdos.
A,sk

Marcela B

       
          Pablo,

          Permita-me descrever o que vi e senti: a lua lá fora, os pés destroçados, o som lá em baixo, a penumbra nos olhos. O desejo, o brochante. Os conhecidos, os de nunca, os desconhecidos interessantes.           
          Um cigarro, uma tequila, a lua novamente e a sua lembrança. Gritos musicais, muita música e todas as consequências possíveis. A saudade sua, o seu cheiro, os seus olhos e seu sorriso na minha humilde lembrança. Tirar isso de mim?! Prefiro a solidão com minhas lembranças do que o repleto sem elas. Que bom que não sou só, que tenho minhas humildes lembranças e que posso construir novas lembranças com você.
          Só faltou você aqui, comigo. Já me deve algumas, então, trate de quitá-las. Vamos inventar tudo  isso juntos, só pra se distrair...

Beijo,

Marcela B

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Meridiano

Ancore une fois aujourd´hui...

Quase que overdose. Que bom que já nasci louca.
Mais uma carta pro Mário. Não, não me canso.

A,sk
Marcela B.



         Mario,

         É véspera de São João. As fogueiras já queimam lá fora. Hoje, qualquer simpatia é válida. Mas eu só penso no mar, no meu mar e em como sou um navio neste mar, sem dono, sem rumo.
        O calor terrestre da época junina não consegue me prender à terra por muito tempo. Meus pés estão cansados da terra. E os seus pés?!
        Quando nos encontramos pela primeira vez, soube que nos entenderíamos. À muito custo, por razões óbvias, mas nos entenderíamos. E agora, nesses tempos de calor terrestre, o calor que mais me faz falta é o seu. É nessa época que percebo que vinte anos não é nada, que nenhum sentimento acaba, que tudo o que é alcançado já é ultrapassado, que as pessoas se amam em momentos pontuais e, muitas vezes, programados. Hoje São Pedro está triste, talvez ele me entenda.
         No importa si tu me quieres o no, Mario. Você é uma vaidade minha. Uma jura, uma promessa, um perdão. Quiero tus manos en las mias pronto.

Marcela B

Maio, 26

Olá de novo!!!
Tô tentando me atualizar...
Essa carta é de maio, 26.

A,sk

Marcela B

"Aqui levanto solene minha estrofe de mil dedos e faço o juramento: Amo firme, fiel e verdadeiramente"
(Maiakóvski)
    
             Mário,

             É bom compartir coisas inexplicáveis com você.
             Você sabe o quanto inexplicável é a luz do Sol sobre o mar no amanhecer. O cheiro de sal, o vento. Eu lembro da última vez em que sua voz esteve em meu ouvido. Era exatamente assim, no amanhecer.
             Então tive que escrever. Sei que em algum momento você irá ver o mar e sentirá o mesmo que senti: uma paz infinita, uma solidão infinita, uma beleza infinita, amor infinito. Colocarei uma flor no mar pra você, sem chorar, vale, apesar do cansaço.
             Viva os seus sonhos, Mário. Lute por eles. Siga o seu caminho, mesmo que ele não seja junto ao meu.

Marcela B

As portas me fascinam...

Depois de séculos sem aparecer...
Não significa que deixei de escrever!

A,sk,

Marcela B


            Mário,
        
         Hoje me deparei com as luzes amarelas da cidade alta de Olinda, nas suas ruelas com calçamento de pedras, as casas antigas com suas portas cheias de segredos. Algumas luzes solitárias, encontrando com minhas luzes solitárias. Algumas ruelas repletas de gente, algumas tão vazias.
          Eu me sinto assim as vezes, como essas ruelas, com sua luzes amarelas e suas portas atraentes, mas tão vazia. Se você estivesse aqui, talvez eu me sentisse como uma daquelas ruelas repletas de gente ou, pelo menos, a sua rua poderia fazer companhia à minha rua vazia.
          Mas sigo firme e amo verdadeiramente cada momento da minha vida.

Marcela B.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

After the storm...

Olá minha gente,

Bom, depois da crise existencial, segue o lado bom das "Coisas Que Acontecem Quando Se Faz Um Trabalho Infinito De Coleta De Dados De Blocos Econômicos e Seus Países" (post anterior):

1- Coleta uma porrada de informações (Louvando à Deus, serão úteis um dia breve)
2- Descobre-se que existe um país africano chamado Seychelles
3- Descobre que a União Ufricana possui 53 países membros (e a enorme União Européia, 27)
4- Fica super a vontade pra falar o nome o Primeiro Ministro do Vietnã, que se chama Nguyen Tan Dung 
 (Ninguém Tá Doido)
5- Percebe que, afinal de contas, escutar a´rádio mexicana é super legal! Eles tocam Chavela Vargas, caray!
6- E que, também, a rádio turca nem é tão bizarra assim...
7- Descobre o Mianmar na verdade, se chama Burma.(oi?!)
8- Agradece ao professor pela trabalheira toda. Afinal, vale 4 pontos da prova.
9- Apesar de ter mandado todo mundo pra merda, seus amigos sempre estão lá, do seu lado e se você se fuder por causa desse trabalho, eles não lhe abandonarão (trabalho em grupo todo mundo se lasca JUNTO).
10- Tem o prazer de, pela primeira vez em muito tempo, dar graças à Deus porque é segunda-feira.

Marcela B

Saber sobreviver

Oi minha gente,

Depois de um fim de semana infinitamente mais cansativo que a semana, aí vai algumas observações.
A,sk,

Marcela B


Coisas Que Acontecem Quando Se Faz Um Trabalho Infinito De Coleta De Dados De Blocos Econômicos e Seus Países :

1-Perde-se a paciencia
2-Perde-se tempo
3-Perde-se a vontade
4-Se desespera
5-Manda os amigos à merda
6-Manda o professor à merda
7-Não come
8-Não se diverte
9- Se arrepende de ter mandado os amigos à merda(alguns deles)
10- Se fode
11- Se desespera tanto que busca fazer coisas que não faria nos dias normais, como escutar rádio mexicana online.
12- Manda o mundo à merda
13- Escuta rádio turca online
14- Desiste e rasga o mapa mundi.
15- Desiste*

*quando desiste, sente-se um alívio do caralho. Aí esse alívio acaba funcionando como um entorpecente: você acha que escutar rádio mexicana e turca já foi o cúmulo, mas nâo! Agora você escuta a rádio colombiana que só toca cumbia e reaggeton! (Son las 5 en la mañana y no he dormido nada...la la la la).

Resultado: questona-se: MAS O QUE DIABOS GANHA-SE COM ESSA MERDA TODA DESSE TRABALHO?!

Aí responde: "Tomara que algum conhecimento útil. Se não, no rabo do professor."

E tome cumbia colombiana...

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Fogo de noite, neve de dia

Olá minha gente,
Essa carta eu ainda não escrevi de fato. Não ha registros em minhas anotações ou em minhas lembranças. Só sei que é para o "Meme", mas o demais, vai o que surgir.

A,sk,

Marcela B

         Meme,
          Como você mudou. Ainda tem o jeito desengonçado, mas não é mais aquele escanteado. Agora parece que achou o seu pedaço de Sol, cria as suas próprias marés. Pena que todas as mudanças não o fizeram voltar. Só restou aqui uns restos de violão, piano, uma bateria morrendo. Mas fico feliz que o seu sorriso é o mesmo, e que seu talento é o mesmo, só que agora, reconhecido.
          Não sei dizer ao certo o que aconteceu, mas o tempo não tem influência nisso, você sabe. Então, quando voltar, pois eu sei que logo voltarás, não me fale do tempo. Me fale do vento, das músicas, das mesas de controle, das canas e dos grãos de areia.
          Nós ainda  nos devemos um momento Chavela, se lembra?
          Não demore a vir, mesmo que queira demorar. Não demore.

Marcela B

domingo, 30 de maio de 2010

E o poema apenas a configuração do instante...

Olá minha gente,

Essa carta eu escrevi sentada no chão, escutando Gardel, às 4 da madrudaga e com um coração roto.

A,sk

Marcela B.


Mário,

       Eu não quero a solidão. Ela me persegue o tempo todo, mas não a quero. Tampouco quero a dor que não passa. Só queria um retorno, um pouco de reciprocidade, um pouco de calor nas noites frias.
      O que eu faço não me completa. Todo esse cansaço, as dificuldades, os problemas, nada é compensado. Às vezes me sinto como um objeto. Já cheguei a desejar não sentir nada, como num estado de nirvana. Mas peço à Deus que meu girassol não se "marchite" e que, mesmo sofrendo, que meus sentimentos não cheguem ao fim. Porque, apesar de tudo, é melhor sentir dor do que não sentir nada.
      Espero a sua voz em meu ouvido rapidamente.

Marcela B

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Oferendas desusadas.

Oi minha gente,

Essa carta eu escrevi em um momento de colapso cansativo.

Aşk,

Marcela B


Exaustão,

    Eu nunca a quis. Pare de me perseguir, por favor. Se não quer parar, que traga com você alguma recompensa, algum bom travesseiro na hora de dormir ou alguns minutos de silêncio e calma durante o anoitecer. Eu ofereço diariamente os meus livros, esperando lágrimas e sorrisos, mas você vem e só me traz nuvens indesejadas.
     Me ensine a conviver com você, então! Me diga o que não tenho que fazer para amenizá-la em mim. Me mostre o lado positivo de você na minha vida. E não me afaste da espera, da paciência.
     Me acostume ou vá embora.
Sinceramente,

Marcela B

domingo, 16 de maio de 2010

O último dia não tem fim...

Olá a todos,

O post de hoje é uma mensagem que escrevi e dedico à duas amigas minhas, que sabem quem são, pela nossa amizade, nossos momentos (bons e ruins) e nosso trabalho, juntas ou não.

A,sk

Marcela B


Tentam nos colocar no chão, nos fazerem de estimação, mas não.
Não somos burras. Somos capazes, competentes e lindas.
Somos inteligentes e sedutoras.
Somos chatas sim, se for preciso, mas somos muito doces, quando doces.
E muito mais que isso, somos nós mesmas. Somos humanas, somos amigas
e infelizes são aqueles que não vêem isso, pois são eles quem estão perdendo.

Marcela B

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Sempre há um começo...

Olá a todos,

Inaugurando o blog.

Sobre a carta que segue: a escrevi na madrugada do dia 05/05/2010 para 06/05/2010, escutando Camila, e com um baita cheiro de terra molhada.
Escrevi para o Mário Domm, lembrava dele.

As,k

Marcela B


Mário,

Chove lá fora. É como se o céu expressasse você e eu. Nossos sentimentos molhando as luzes da cidade, o asfalto. E ser só água para muitos ou inundação, no final das contas.
Queria ter você aqui. Queria trocar a chuva pelo mar e pelo vento e ter você aqui. Tentar entender de uma vez por todas, porque nos atraímos e nos repelimos. Queria ouvir sua voz dizendo o quanto eu lhe completo e o quanto eu faço falta nos seus minutos, só pra eu ter o prazer de dizer o mesmo.
Deixe que o vento me leve até você nesta madrugada e que o dia amanheça e o faça esquecer de chorar. Vamos nos dar a chance de mostrar o quanto somos parecidos ou não. Você não existe, Mário, mas obrigada por existir, obrigada por estar aí.

Marcela B